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segunda-feira, julho 19, 2010

Mudrá: De Mãos dadas com o Yôga Antigo

O Yôga Antigo primordial, foi codificado em meados do século XX pelo Mestre DeRose, e após essa sistematização tomou a designação de SwáSthya Yôga. Dentro da sua primeira e principal característica, o ády ashtánga sádhana está inserido o tema do artigo desta semana: mudrá, a primeira parte da prática.

As oito partes que constituem esta aula são: mudrá – gesto reflexológico feito com as mãos; pújá – retribuição ética de energia; mantra – vocalização de sons e ultra-sons; pránáyáma – expansão da bioenergia através de exercícios respiratórios; kriyá – actividade de purificação das mucosas; ásana – técnicas orgânicas; yôganidrá – técnicas de descontracção; samyama – concentração, meditação e hiperconsciência. Todas estas partes serão exploradas, uma a uma, nos próximos meses. No artigo desta semana descobrimos a importância dos mudrás, gestos que constituem apenas um conjunto de técnicas, cujo instrumento é simplesmente a sua mão.

Mudrá significa gesto, selo ou senha, em espanhol significa apenas clave, portanto chave será mais uma tradução da palavra sânscrita. Como técnica de Yôga, designa os gestos feitos com as mãos. Alguns tipos de Yôga modernos aplicam a mesma designação para outras técnicas, como ásana, técnica corporal ou bandha, contracções de plexos e glândulas. Na codificação do Yôga Antigo, na qual nos baseamos, quando referimos mudrá referimo-nos exclusivamente a gestos feitos com as mãos, tendo consciência que a força do gesto é sentida desde o ombro até á ponta do dedo médio e que a sua estética, factor visível das senhas do Yôga, depende da acção do braço, por isso na dança clássica indiana mudrá toma também a designação de hasta – mão.

Vale a pena referir que em algumas obras se traduz mudrá como símbolo, embora grande parte dos mudrás tenham uma grande carga simbólica, chegando alguns a ser a representação plástica desses símbolos; esta tradução é tão ampla que pode levar a confusão. Para símbolo existe um termo em sânscrito bem definido: yantra, que significa símbolo ou imagem.

Os tipos de Yôga que contam com a presença de mudrá, pújá e mantra são os Yôgas mais antigos que preservam as suas raízes tântricas. No caso do Yôga pré-clássico o mudrá está intimamente ligado á identificação com os arquétipos, conduzindo o praticante a um peculiar estado de consciência que o coloca em contacto com o conhecimento ancestral de determinada linhagem. É tão nítida esta funcionalidade do gesto, que actualmente, durante a prática recomenda-se referir o mudrá, identificação com os arquétipos.

Mudrá é o 1º anga do ády ashtánga sádhana, a prática em 8 partes. Mudrá pronuncia-se com á aberto. Neste caso a sílaba longa coincide com a sílaba tónica. Tenha em atenção que a pronúncia incorrecta dos termos sânscritos altera substancialmente o seu significado.

Os mudrás actuam no nosso corpo simultaneamente por reflexologia, por simbolismo e por magnetismo, e abrangem três planos: o físico com a sua estética; o nível energético com o magnetismo gerado principalmente pelo movimento; e o emocional usando a iconografia do mudrá, com uma ligação directa ao psiquismo.

Esta técnica actua intensamente no emocional associada a uma outra designada de nyása, que significa identificação. Como refere o Mestre Sérgio Santos no livro “Yoga Sámkhya e Tantra”: “O nyása é como um cristal transparente, que absorve em si a forma e a cor do objecto que lhe é próximo”. Neste caso, o objecto que lhe é próximo é o mudrá que se assume durante a prática.

Estão codificados pelo Mestre DeRose, 108 mudrás. O número é suficiente para não ter de lançar mãos de gestos não sistematizados. Dado que o gesto funciona como chave para aceder ao registo do inconsciente colectivo, se pretender entrar na porta certa terá que usar a chave certa, e essas chaves são os mudrás. A sintonia é subtil, mas funciona se a ‘password’ for a correcta. Isto é, se utilizar mudrás do Yôga pré-clássico, vai aceder aos registos do Yôga Antigo; se usar mudrás do Yôga Clássico vai-se ligar á informação do Yôga de Pátañjali; mas se utilizar gestos do Yôga Medieval, que são já muito escassos entrará em contacto com o Yôgas modernos carregados já com uma forte influência Vêdánta – filosofia teórica de cariz espiritualista, que surge na época medieval por oposição ao Sámkhya – Naturalista.

O mudrá, por ser uma forma de linguagem gestual, é como a palavra, dependendo do contexto, pode assumir diferentes significados por vezes até opostos ou aparentemente antagónicos. Neste artigo ficamos pelas semelhanças do gesto passando por várias gerações e culturas, essas semelhanças reforçam o poder do gesto, dando-lhe uma sintonia para lá do tempo e do espaço. Essa sintonia reforça a carga arquetípica do gesto, que acentua a reflexologia fisiológica e neurovegetativa com a reflexologia cognitiva, condicionada pelo símbolo acoplado ao mudrá.

Ainda hoje os cientistas procuram saber se foi a gesticulação e a capacidade preênsil do polegar que desenvolveram a mente, ou se foi a mente que fez desenvolver a capacidade de execução das mãos. Na nossa observação, foi sem dúvida a interacção de ambos que fez com que o homo sapiens desenvolvesse culturas e civilizações. Sabemos hoje que a movimentação das nossas mãos ocupa 80% da actividade mental. As nossas mãos, que Aristóteles designava como “a ferramenta das ferramentas”, são um dos três elementos determinantes para o aparecimento da mente simbólica na nossa espécie. Os outros dois são: a visão tridimensional e o cérebro capaz de processar essa informação visual.

Desde tempos muito antigos se sabe que as mãos carregam a marca única de cada indivíduo, os ceramistas das porcelanas chinesas assinavam as suas obras com a impressão digital, o mesmo conceito que mais tarde foi usado na Scotland Yard para a detecção e cadastro de criminosos. Os traços da personalidade estão registados na palma da mão, a quiromancia, arte característica do povo cigano, teve origem na Índia, há mais de 4000 anos, que como outras passou por egípcios, sírios, sumérios, caldeus e babilónios, mas também gregos e romanos usam e alimentam essa busca do destino na palma da mão.

A sintonia intemporal de que falamos vem por consequência da força de comunicação do gesto: desde a agitação manual, o vulgar acenar ou dizer adeus, passando pelo toque, até á palavra passando pelo clássico aperto de mão; comunicar é o maior factor de agregação, indispensável para o desenvolvimento de culturas e civilizações.

A sua intemporalidade é determinante para o aparecimento da mente simbólica, que é uma das bases do inconsciente colectivo. Os olhos vêem, o cérebro pensa e a mão do Homem reproduz, pintando ou esculpindo, criando uma memória externa perene e paralela à memória etérea. Há 5 milhões de anos, desde que o australopiteco libertou as mãos conquistando a postura erecta, que a comunicação toma uma importância definitiva para a agregação de sociedades.

Temos vindo a afirmar que o mudrá é a chave para aceder a esse mundo das ideias, que mais tarde, na psicologia moderna é definido como inconsciente colectivo. O instrumento que executa essa técnica, as mãos, capta um conjunto de toques e de sensações, formando um conjunto de informações sensoriais, que fazem parte desse outro mundo. As mãos são portanto esse contacto com o mundo sensível.

Recorremos a estes conceitos para tentar explicar aquilo que os yôgins sempre souberam que existia. O Yôga, que como refere o Mestre DeRose, tem uma garantia de fábrica de 5000 anos é a única filosofia prática, que só se entende quando se pratica, e sobrevive do empirismo, “o saber de experiência feito” parafraseando Camões.

Todos os mudrás actuam nas suas três vertentes: reflexológica, simbólica e magnética. Contudo a proporção de cada uma das características varia: uns são mais magnéticos, outros actuam mais profundamente por reflexologia, outros são quase só simbólicos. Neste último caso convém referir que os símbolos têm uma forte influência sobre o nosso inconsciente; como referia C.G.Jung, o inconsciente humano subsiste passeando-se por uma floresta de símbolos.

Exactamente como um bolo, que não deixa de o ser por ter mais açúcar ou menos farinha, também o mudrá tem esses três ingredientes em quantidades diferentes, da alquimia desses três ingredientes, da dedicação e do prazer que a prática lhe proporciona, depende o resultado do mudrá, bem como de qualquer outra técnica de Swásthya Yôga.

Professora Renata Sena

quinta-feira, abril 29, 2010

quarta-feira, março 31, 2010

Mantra

Som sagrado, ritmo,
palavra de poder.
Verbo capaz de catalizar
mente e matéria,
emoção em ação!
Vibração que transmuta,
evolui e metamorfoseia.
Som da natureza sutil.
Som cósmico que potencializa.
Som que, produzido pelo yôgin, tudo
harmoniza.

Som que sacode o seu interior
e reorganiza suas moléculas.
Som que gera ressonância
no seu coração
e torna sua alma profundamente leal.
Isso é mantra!

DeRose

terça-feira, fevereiro 23, 2010

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Alteração de Horários da aula de SwáSthya Yôga no Palco de Verão

A aula de SwáSthya Yôga que acontecia todos os dias às 18 horas, mudou para às 17 horas.





Informações 47- 3398-3790.


Rodrigo Vivas
Diretor do Espaço Culture de SwáSthya Yôga em Balneário Camboriú

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Aulas gratuitas de SwáSthya Yôga no Palco de Verão em Baln. Camboriú


O Palco de Verão do Shopping Atlântico e da Prefeitura de Balneário Camboriú, conta com aulas abertas de SwáSthya Yôga todos os dias as 18h, em frente à Rua Alvin Bauer na praia central de Balneário Camboriú.
Participe!



Informações - (47) 3398-3790
Visite o Blog do DeRose - www.metododerose.org/blogdoderose

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Uma visita em Balneário Camboriú, direto da Venezuela.

Caro Rodrigo

Sou o Rafael quem esteve em Camboriu a semana pasada de ferias. Estou muito agradecido por sua atencao e recebimento na Unidade da Uni-Yoga em Camboriu. Creio que foi uma oportunidade unica para conhecer a escola do DeRose e tambem o grupo de integrantes da unidade em camboriu, achei todo mundo muito bacana, gente sensivel, inteligente, bonita e com muito vontade de crecer nesse caminho do yoga.

Eu gostaria continuar aprendendo swasthya yoga. Quando eu chegar em panama vou comecar descaregar informacao e estudar os videos. Eu gostaria muito que a Uni-Yoga abrisse uma unidade em Panama onde vou estar localizado a partir do 4 de janeiro. Se voce conhecer a pessoa que quer abrir a unidade la gostaria muito de entrar en contato para colaborar na apertura da unidade em panama e aprender swasthya yoga com essa pessoa que quissese ir ate la abrir a unidade. seria possivel?

Muito obrigado a voce e a Annie (...)!



Boas festas para todos voces!


--

Rafael Araujo Grando

quarta-feira, outubro 14, 2009

Qualidade de Vida! Yôga Balneário Camboriú

Síntese: Qualidade de vida é tornar sua existência descomplicada, é fazer o que lhe dá prazer, com alegria, saúde e bem-estar.

Fundamentação, elaborada a partir do texto que o praticante Maurício Waly de Paulo postou como comentário em nosso blog. Ficou assim depois de fazermos alguns ajustes:

Qualidade de vida é suprir as necessidades fisiológicas e ergonômicas, é adotarmos hábitos que promovam e mantenham a funcionalidade do corpo, do emocional e do mental, é o aprimoramento e desenvolvimento das nossas habilidades, através da boa alimentação, boa forma e boa cabeça – isto é Yôga.

Qualidade de vida é relacionar-se de forma descontraída, ética e responsável com o meio ambiente e o meio sócio-cultural, procurando compartilhar e interagir, agregando sempre generosidade, elegância, respeito e carinho aos nossos relacionamentos, mediante da adoção de um conjunto de valores que incluem boa cultura, boa civilidade e boa educação – isto é Tantra.

Qualidade de vida é adotar uma visão de mundo que nos motive a buscar o desenvolvimento e o aprimoramento contínuo, conquistando a nossa excelência através do estudo, ideais e autoconhecimento – isto é Sámkhya.

Conclusão: qualidade de vida resume-se na proposta de um Yôga de fundamentação Tantra e Sámkhya, isto é, o Yôga Pré-Clássico – SwáSthya Yôga.

Visite nossa escola

www.yogabalneariocamboriu.com.br

quinta-feira, outubro 08, 2009

DeRose o mito e o homem


Ao me matricular no Método DeRose em 2002, recebi alguns livros do DeRose na matricula. Nunca gostei de ler, mas algo me motivava a ler: o aroma do livro, o conteúdo ou a forma de abordar o leitor. Na mesma hora o mito DeRose surgiu, e junto varias indagações. Quem será mesmo esse tal DeRose? Será que o DeRose tem poderes? Ele vive de luz?
Então chegou a hora de ler o livro Quando é preciso ser forte (na época Mitos e Verdades), aí vi realmente quem era o DeRose e tudo que ele passou para chegar aonde chegou. Infelizmente eu morava muito longe e só o encontrava em eventos e por pouco tempo e não tinha o privilegio de conviver com DeRose, mas o tempo passou me tornei instrutor do Método DeRose e demonstrador de coreografias e passei a conviver mais com o Prof. DeRose e constatar cada vez mais que era um homem comum como todos, que tem necessidades, sonhos, medos e também pode ficar doente. Um homem que tem um conhecimento do mundo como nunca vi alguém ter, que trabalha muito, viaja todos os finais de semana, ministra cursos, aulas, escreve seus livros, escreve no seu blog (www.metododerose.org/blogdoderose), participa de eventos e muito mais. Tem um ritmo que chamamos o ritmo DeRose. Impressionante sendo um senhor de 60 e poucos anos. Hoje confio plenamente no seu trabalho, tenho o privilegio de dizer com orgulho que sou discípulo direto do Prof. DeRose, de defendê-lo de pessoas desinformadas e mal intencionadas, de levar seu nome e seu trabalho para milhares de pessoas aqui em Balneário Camboriú SC, onde dirijo o Espaço Culture, uma escola de Yôga agregada a Uni-Yôga.
Conheça mais nossa cultura e esse brilhante profissional o Professor DeRose nos links abaixo e lendo seus livros que podem ser baixados gratuitamente no site http://www.uni-yoga.org/derose.php.


Veja também os links:


http://

www.yoga-go.com.br/derose.htm


http://yogaaltodaxv.org.br/blog/derose/


http://www.casadoyoga.com.br/metodo-derose-de-rose.html


http://www.universoyoga.org.br/derose.php


http://

www.yogajardimanaliafranco.com.br/derose




Abraços



Rodrigo Vivas
Diretor do Espaço Culture em Balneário Camboriú
Supervisionado direto do Prof. DeRose

www.yogabalneariocamboriu.com.br